03 abril, 2007

Um último olhar, antes do amor eterno

Vai, não hesites, despede-te de vez, de mim, de nós, do lar, antes nosso agora só meu.
Vai, não nos olhes, não me olhes, não queiras ver-me chorar, amargurar, pedir-te que fiques, pedir-te que voltes mesmo antes de partires.
Vai, continua, segue para longe, tão longe quanto o necessário para que a distância te impeça de ouvir os meus lamentos, os meus gritos de dor e de saudade.
Vai para não mais voltares, eu fico, com vida, mas para não mais viver. Segue com as tuas fantasias por cumprir e sonhos por realizar, eu fico com as minhas amarguras de amor.
Vai agora, eu insisto, é melhor assim. Antes longe de ti do que perto e impossibilitado de te amar.
Vai, não tens escolha, sei que precisas que te leve mas não me peças que o faça, há-de chegar o dia que terão de me levar a mim e não vais ser tu quem o vai fazer.
Agora segue, mas antes deixa-me dizer-te que também um dia eu irei morrer, prometo-te, e nesse dia voltaremos a encontrar-nos e recomeçaremos um amor para toda a eternidade.

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